sábado, 29 de outubro de 2011

Sugestão de Leitura - Aya de Yopougon

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Nada de guerra civil, fome ou aids. Na Costa do Marfim da década de 70 – era de ouro do país, em que havia trabalho, assistência médica e facilidade de entrada na França – jovens como Aya estão interessados em se divertir. Livremente inspirado na infância da própria autora e daqueles que por lá ficaram, Aya de Yopougon, de Marguerite Abouet e com desenhos de Clément Oubrerie, retrata as aventuras e as confusões de Aya e de suas amigas, Bintou e Adjoua. Em Yopougon – chamada de Yop City pelos seus habitantes –, as jovens se comportam como qualquer adolescente: preocupam-se com os garotos, com a proteção excessiva dos pais, com as festas e com o próprio futuro. E é através do bom humor de Marguerite e das cores fortes de Clément que o leitor tem acesso a uma África diferente, uma sociedade ainda tradicional, mas completamente transformada pela urbanização, pelo capitalismo e pela liberação dos costumes.

Comentário:
No livro Aya de Yopougon, além de ter um formato de História em Quadrinhos, tem uma linguagem super fácil e descontraída. Neste livro temos a oportunidade de conhecer o continente africano além das doenças e desastres que a mídia nos passa. Podemos ver um continente alegre e que preza as amizades, onde existem pessoas com sonhos, como a própria Aya, que tinha o sonho (julgado impossível) de ser médica, e de suas amigas que apenas sonhavam em ter seu próprio salão de cabeleireiro ou seu ateliê de costura.
Quando pensamos na África, é difícil imaginar um povo bonito, saudável e feliz, mas não podemos nos esquecer de que o que temos acesso através da televisão, dos jornais e tantos outros meios midiáticos não é a realidade de um continente, mas aquilo que é interessante ser apresentado para o resto do mundo. Um continente como a África deve ser fonte de inspiração para tantos outros lugares do mundo e para TODAS as pessoas, já que lá a cultura e o respeito não se perderam. No livro sugerido, podemos perceber a forma como as pessoas mais jovens lidam com os mais velhos (não que este respeito seja recíproco, já que os mais velhos nem sempre respeitam os mais novos), e também a forma de se vestir, sua cultura, a raiz da África não se perdeu.
A leitura deste livro foi gratificante para conhecer uma minúscula parte da África, e admirá-la ainda mais.

Caso haja o interesse, a editora disponibilizou as primeiras páginas AQUI!
Fica a Dica!


Por: Karina Oliveira Santos

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