sábado, 29 de outubro de 2011

Sugestão de Leitura - Aya de Yopougon

http://www.lpm-editores.com.br/Imagens/aya.jpg
Nada de guerra civil, fome ou aids. Na Costa do Marfim da década de 70 – era de ouro do país, em que havia trabalho, assistência médica e facilidade de entrada na França – jovens como Aya estão interessados em se divertir. Livremente inspirado na infância da própria autora e daqueles que por lá ficaram, Aya de Yopougon, de Marguerite Abouet e com desenhos de Clément Oubrerie, retrata as aventuras e as confusões de Aya e de suas amigas, Bintou e Adjoua. Em Yopougon – chamada de Yop City pelos seus habitantes –, as jovens se comportam como qualquer adolescente: preocupam-se com os garotos, com a proteção excessiva dos pais, com as festas e com o próprio futuro. E é através do bom humor de Marguerite e das cores fortes de Clément que o leitor tem acesso a uma África diferente, uma sociedade ainda tradicional, mas completamente transformada pela urbanização, pelo capitalismo e pela liberação dos costumes.

Comentário:
No livro Aya de Yopougon, além de ter um formato de História em Quadrinhos, tem uma linguagem super fácil e descontraída. Neste livro temos a oportunidade de conhecer o continente africano além das doenças e desastres que a mídia nos passa. Podemos ver um continente alegre e que preza as amizades, onde existem pessoas com sonhos, como a própria Aya, que tinha o sonho (julgado impossível) de ser médica, e de suas amigas que apenas sonhavam em ter seu próprio salão de cabeleireiro ou seu ateliê de costura.
Quando pensamos na África, é difícil imaginar um povo bonito, saudável e feliz, mas não podemos nos esquecer de que o que temos acesso através da televisão, dos jornais e tantos outros meios midiáticos não é a realidade de um continente, mas aquilo que é interessante ser apresentado para o resto do mundo. Um continente como a África deve ser fonte de inspiração para tantos outros lugares do mundo e para TODAS as pessoas, já que lá a cultura e o respeito não se perderam. No livro sugerido, podemos perceber a forma como as pessoas mais jovens lidam com os mais velhos (não que este respeito seja recíproco, já que os mais velhos nem sempre respeitam os mais novos), e também a forma de se vestir, sua cultura, a raiz da África não se perdeu.
A leitura deste livro foi gratificante para conhecer uma minúscula parte da África, e admirá-la ainda mais.

Caso haja o interesse, a editora disponibilizou as primeiras páginas AQUI!
Fica a Dica!


Por: Karina Oliveira Santos

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ENTREVISTA COM ALUNOS DA EJA

Aluno: Josima  Ferreira da Silva
 
Acervo pessoal de Regiane Dourado

1. Por qual motivo você precisou parar de estudar?
Eu sempre trabalhei na roça, pois gostava muito, eu sou do Piauí, mas meus pais nunca me impediram de estudar, é que eu nunca dei pros estudos, não conseguia aprender as coisas, então, preferi trabalhar na roça e ajudar em casa.
Quando adulto também já fiz algumas tentativas nos estudos, mas nunca dava certo, pois sempre trabalhei das 14Hs as 22Hs, o meu patrão exigia que a gente fizesse horas extras e as vezes eu estava cansado mesmo.

2. Naquela época você estudou até que série?
Acho que até a 1ª série

3. Ao longo da sua vida você se sentiu descriminado por não ter os estudos completo?
Sim e muito, as vezes você precisa fazer alguma coisa e você mesmo diz “ah! Não vou fazer não”, então você se sente inferior, por isso eu me volto para estudar, pra aprender alguma coisa, eu preciso ler bem...

4. O que fez você retornar a escola?
Eu sofri um acidente no serviço em 2008, estava enchendo a laje e cai, quebrando os dois braços, desde então estou afastado, talvez eu volte para o serviço, ainda não sei, mas estou pensando se eu voltar, não poderei fazer a mesma função, então preciso dos estudos para ir trabalhar no almoxarifado ou escritório, não sei.

5. Você acha adequado o material usado em sala de aula?
Sim, eu gosto muito das matérias que a professora passa na lousa e do livro

6. Já pensou em desistir, em parar. Por quê?
As vezes fico desanimado em casa e meus filhos sempre estão em cima, “pai o senhor não vai pra escola hoje?”, e o fato de deixá-los em casa, me desanima as vezes ,até agora estava falando com eles no celular pra ver se está tudo bem.

7. O que você acha da sua professora?
Quando tinha a outra professora aqui eu não gostava não, mas essa professora aí ela boa com a gente, sempre tem paciência pra nos ensinar.

8. Quais são as dificuldades para se manter em sala de aula?
Olha eu já tentei umas três vezes e essa é minha quarta vez, tenho muita dificuldade para escrever, ler eu consigo ler alguma coisa, ir no banco, mas  o que mais me atrapalha é a leitura.


- Josima é um jovem senhor que está na expectativa de ter que voltar a trabalhar e por esse motivo está na EJA.



Aluno: Reginaldo Honorato dos Santos 

Acervo pessoal de Regiane Dourado

1. Por qual motivo você precisou parar de estudar?
Nasci na roça, nessa época meus pais eram pobres, era muito sacrifício, pois somos em 13 irmãos, precisei parar para poder trabalhar e ajudar em casa.

2. Naquela época você estudou até que série?
Olha não sei dizer, mas estudei pouquinha coisa, pois agora estou começando das primeiras séries.

3. Ao longo da sua vida você se sentiu descriminado por não ter os estudos completo?
Sim, o meu serviço sinto isso direto, pois vejo os colegas de serviço formarem panelinha e ficam conversando, enquanto eu fico de lado, pois não tenho estudo.

4. O que fez você  retornar a escola?
Então eu sinto a necessidade de poder fazer minhas coisas sozinho, ir ao banco, hoje já consigo ler o ônibus e mais algumas coisas.

5. Você acha adequado o material usado em sala de aula?
Sim,  o livro é bem interessante, tem coisas que acontece no nosso dia a dia e isso ajuda muito e a professora é muito esforçada, eu gosto muito dela.

6. Já pensou em desistir, em parar. Por quê?
Olha eu já tentei  quatro ou cinco vezes, e sempre desistia por causa do serviço, pois trabalhava em um horário complicado, agora eu trabalho das 6h as 14hs, então quando chego do serviço, vou para casa, descanso um pouco e depois venho para cá.

7. O que acha dos seus professores?
Olha ela é muito esforçada, tem paciência com a gente e sempre está presente as aulas, dificilmente ela falta.

8. Quais são as dificuldades para se manter em sala de aula?
Olha dificuldades eu tenho, mas só saio daqui quando eu conseguir terminar meus estudos.
Mas quando está chovendo ou muito frio aí eu não venho pra escola não.

O aluno Reginaldo é um senhor bem animado e confiante que conseguirá concluir  seus estudos, ele enfrenta diariamente uma rotina pesada, pois trabalha das 06hs as 14hs na Vila Mariana, zona Sul de São Paulo, acorda as 03Hs30 da madrugada e sai para o seu serviço, apesar de ter aposentado ano passado, prefere trabalhar, pois isso o mantém ativo, se ele parar, se sentirá inválido e pode se desanimar da vida, por conta de ter a idade mais avançada.




Comentário
      Ao realizar essa entrevista podemos observar que essas pessoas sofrem muito por não terem estudado, o primeiro voltou porque sofreu um acidente e não poderia fazer mais um trabalho braçal e o segundo é discriminado no serviço por não ter estudo, enfrentam muitas dificuldades ao voltar para à escola, desistem por muitas vezes por vergonha, por acharem que não vão conseguir, que a escola não é seu lugar, que estão cansados e outras necessidades que a vida exige.
     Mas podemos observar que apesar de muita luta se esforçam para estudarem mesmo apesar do cansaço, da dificuldade em aprender, da idade, não deixam que sejam negados seus direitos e sabem que precisam da escola assim a exclusão será menor,  o professor tem um papel importante nesta trajetória, pois o aluno deve ter o sentimento de pertencimento, se isso não ocorre ele acaba desistindo.  Dessa maneira é preciso perceber a importância de estabelecer uma relação para que aprendizagem seja significativa para eles que já sofrem tantas discriminações não passem por isso também na escola e muito menos por nós professores que estamos lá para que essa situação seja revertida.
    Uma questão em especial nos chamou a atenção, pois através da entrevista pudemos perceber nos entrevistados a alegação de que seu fracasso escolar é culpa deles, não percebem que o sistema é o grande culpado, tirando-lhes o direito ao estudo, obrigando-lhes a optarem pelo trabalho para assim, poderem ajudar as suas famílias financeiramente. Mas agora que estão na escola, tendo as suas dificuldades em aprender acreditam serem os culpados por tal dificuldade, não percebem que o sistema  os fazem pensar assim, os incentiva a desistirem, devemos como educadores conscientizá-los sobre como funciona esse sistema que cada vez mais cresce e as pessoas não o compreende, pois só é falado em seus benefícios mas para quem será esses beneficios?
     A partir dessas questões o professor deve partir, formando em seus alunos uma consciência crítica, mostrando a eles quem é o verdadeiro culpado pelo seu fracasso escolar, levando esses alunos a transformar a sua realidade, não permitindo que esse sistema capitalista continue a inculcar na mente deles esse sentimento de fracasso, pois se tiveram que parar de estudar para trabalhar, a culpa não foi e nem é deles!
     Foi muito gratificante conhecê-los saber das suas histórias e dificuldades para chegarem até aqui, temos que agradecer a escola por nós receber e aos alunos por serem tão gentis e atenciosos conosco.
     Portanto agradecemos a oportunidade de tal experiência que nos proporcionou entender por que e para quê estamos nos formando, queremos sim formar pessoas para AUTONOMIA e LIBERDADE.


Entrevista realizada por Fernanda Taketsuma e Karina Olveira

Comentário da música “Zaluzejo” – O Teatro Mágico




A música Zaluzejo de uma forma divertida e animada homenageia uma mulher que mesmo falando errado é considerada uma poetisa por ter muito conhecimento e sabedoria.
Se olharmos sem preconceito para além dessas palavras erradas, enxergamos os saberes que essa pessoa construiu ao longo da sua vida. Na verdade essa música nos chama à atenção para todas as pessoas que não falam da forma culta, que são discriminadas, maltratadas e excluídas por serem consideradas analfabetas.
Nós como professores temos responsabilidades diante de tal fato, temos que respeitar e ensinar aos outros que essas pessoas de alguma maneira não tiveram oportunidade de estudar, mas que mesmo falando errado trazem em suas experiências muitos saberes  devemos  então trabalhar a partir daí para que essas pessoas possam aprender falar de maneira culta, mas que não percam sua essência.
Portanto pare, pense e reflita nesse trecho da música “acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz” e você o que acha disso?
Fernanda Carolina Taketsuma de Souza
Colaboração Karina Oliveira e Regiane Dourado

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Comentário do vídeo Pedadogia Empreendedora




Esse vídeo é muito interessante, traz a disciplina Pedagogia Empreendedora que acontece nas escolas da cidade Redenção no estado do Pará que vem crescendo em sua infraestrutura e economia buscando se tornar a cidade modelo de sustentabilidade. E através da Pedagogia Empreendedora as crianças de uma forma prática vão traçando o projeto de suas vidas, diminuindo a evasão escolar e aumentando a auto estima dos alunos. A  maioria das escolhas profissionais tem haver com o coletivo e eles percebem que eles são protagonistas de suas histórias.


Essa Pedagogia Empreendedora deveria estar por todas as escolas do país, pois assim como nessa pequena cidade vão perceber que todos fazem parte dessa sociedade e a partir da sua consciência de que juntos podemos fazer a diferença mostrando as nossas crianças de que através da convivência e do respeito pelo o outro é que nos constituímos como pessoas de verdade, aprendendo uns com os outros.

Assim como a Pedagogia Empreendedora deve estar nas escolas, achei interessante falar do pedagogo empresarial que também vem ganhando espaço nas empresas com o papel de desenvolver projetos para reeducar com a função de qualificar, preparar e humanizar a todos dentro da empresa de acordo com os padrões da mesma. Ou seja, passa a


“ser o motivador, o formador e mediador de novas e diferentes estratégias nas diversas instâncias do sistema organizacional, sempre com o objetivo primordial de promover o desenvolvimento das competências humanas, como também atender as demandas do mercado”.(TOMAZETTO e REALI, 2007, p.1205)
 


Demonstrando assim as diversas possibilidades do pedagogo dentro da escola ou em uma empresa buscando sempre o respeito e a convivência com o outro.

Dessa maneira quem sabe através dessa pedagogia, que ainda é nova, não seja uma possibilidade de mudar essa sociedade que exclui e acaba com os sonhos de muitos, temos que mudar esse pensamento capitalista que só pensa no individualismo, na exploração e no consumo e sim pensar numa maneira que possa oferecer direitos e uma qualidade de vida decente a todos e todas.


Espero que todos que assistirem ou lerem esse comentário percebam a importância de que as escolas devam desde cedo incentivar seus alunos e alunas a traçar metas de vida e conscientizá-los de que são protagonistas de suas próprias histórias e cabe a eles escolherem deixar a sociedade como está ou fazer igual essa pequena cidade que unida tem um sonho de ser um modelo de qualidade de vida e de formação de pessoas cidadãs donas de seus direitos.



Sugestões de vídeos para quem se interessar em saber mais:
ü  http://www.youtube.com/watch?v=y0d49GeVhGo – Pedagogia Empresarial
ü    http://www.youtube.com/watch?v=rreAYBHVGno – Entrevista com Ricardo Semler- As empresas evoluíram pouco.
Fernanda Carolina Taketsuma de Souza
Colaboração Karina Oliveira e Regiane Dourado.



Referência Bibliográfica
TOMAZETTO, G.; e REALI, K. M. - A Pedagogia Empreendedora e sua evolução nas organizações modernas. Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 2, nº1, agosto de 2007.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Muro de escola em SP é pichado com frase racista

Fonte da Reportagem: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/muro-de-escola-em-sp-e-pichado-com-frase-racista/n1597289825650.html

O muro da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Guia Lopes, no Limão, zona norte de São Paulo, foi pichado durante o fim de semana com a frase "vamos cuidar do futuro de nossas crianças brancas", acompanhada da suástica nazista. Para a diretora do colégio, Cibele Racy, foi uma reação às ações afirmativas pela igualdade racial desenvolvidas desde o início do ano entre os alunos.
A Emei tem 430 alunos, com faixa etária entre 4 e 6 anos, divididos em classes da educação infantil 1 e 2 (pré-escola). Durante este ano, as questões raciais têm sido discutidas com as crianças, como parte do projeto pedagógico. A festa junina, por exemplo, teve motivos afro-brasileiros. "Foi um sucesso total. Trouxemos comidas e aspectos culturais da África. Tenho vários depoimentos de pais mostrando toda a aceitação", diz Cibele.
Segundo a diretora, apesar de bem recebido, o projeto pode ter despertado reações negativas por parte de alguém que sabe do trabalho desenvolvido pelo colégio. "Essa pichação teve um endereço certo. Não foi algo aleatório. Mexemos em uma ferida muito profunda e eu estava até preparada para alguma reação, mas não dessa maneira".
A diretora da Emei afirma que, em sete anos na unidade, nunca havia visto uma pichação nos muros da escola. Ela diz ter ficado surpresa com a manifestação racista. "A escola foi aberta domingo para a eleição do conselho tutelar. Quando fui embora, por volta das 19 horas, passei pelo muro lateral e vi o que estava escrito. Fiquei espantada. Pela manhã, já chamei os professores para discutir o que seria feito."



Comentários do Grupo:

Regiane Dourado: Infelizmente essa frase ainda é uma triste realidade no nosso país, esse pensamento é compartilhado por alguns grupos, e inconscientemente por muitas pessoas.
Os neo-nazistas, que aderem ao símbolo colocado no muro, entendem que a raça branca é superior as outras, por esse momento entende que somente os seus filhos merecem a educação, mas será que os negros, os índios, não são humanos ou não são dignos de respeito por causa da cor da sua pele?
Recentemente alguns casos vêem chamando a atenção, um grupo de skinhead obriga dos jovens punks a pularem de um trem em movimento em Mogi das Cruzes no estado de São Paulo, Cleiton da Silva Leite morreu e Flávio Augusto do Nascimento Cordeiro perdeu o braço, tudo isso ocorreu simplesmente pelo fato de um grupo não aceitar o outro, não aceitar que o outro pense e procede de uma forma diferente da usa.
Em novembro de 2010 alguns jovens agrediram um fotografo de 20 anos  e dois estudantes, de 19 e 23 anos, tudo isso porque esse jovens, acreditavam que o outro grupo eram de homossexual.
Enfim, por mais que o mundo esteja evoluindo, ainda a mente de algumas pessoas, está na pré historia, pois acreditam que são melhores que os outros, infelizmente os ideais difundidos por Hitler perduram em nossa sociedade, onde eles acreditam que são a ração pura, a raça ariana, e tudo que foge disso deve ser banido.
É fundamental que a sociedade e que também a escola mostre e ensine as crianças desde de pequenos que não é somente as crianças brancas que merecem um estudo de qualidade, mas as crianças negras, as crianças indígenas, as crianças da periferia, as crianças que estão na rua, todas as crianças merecem um ensino de qualidade, porque todas elas são humanas.
Fonte:
http://www.conjur.com.br/2011-mai-21/justica-condena-skinhead-morte-punk-obrigado-pular-trem
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4801430-EI5030,00-Promotoria+pede+video+de+agressao+a+gays+na+avenida+Paulista.html

Fernanda Carolina: É inacreditável como ainda encontramos pessoas que pensem e agem como os neo-nazistas que julgam que só eles merecem ter educação, viver e  fazerem o que quiserem. Não tem o mínimo de respeito por qualquer outro ser humano que não seja como ele considere adequado.
Não podemos permitir que pessoas assim ditem regras, ou se juntem para levantar um novo Hitler que matou milhares de pessoas inocentes por uma ideologia doentia, matando em nome de uma raça pura. Mas que raça pura é essa? Não existe uma raça pura, única assim como ele desejava.
Venho através desse blog demonstrar minha indignação contra essa frase num muro de uma escola propagando o preconceito, o ódio pela diferença e falta de respeito com o outro. Peço que se você assim como eu se sentiu incomodado com tal atitude dessas pessoas não permita que isso se espalhe por ai e sim que tomemos consciência dos fatos que acontecem para não permitimos um novo massacre.
Nós temos esse poder através de nossas atitudes, da educação que ensine pessoas a conviver e respeitar  as diferença, pois é cada vez mais comum ouvirmos falar dos neo-nazistas, precisamos dar um basta nisso e perceber que todos tem o direito de viver em paz independente de sua cor, regionalidade,opção sexual, enfim TODOS tem o direito ao respeito.
Vamos juntos podemos! E você vai ficar parado ou fazer parte deste protesto?

Karina Oliveira: A nossa primeira reação, e também a mais explicável, é a de indignação com as pessoas racistas que picharam este muro. O nosso principal questionamento é de como em pleno século XXI as pessoas ainda tem a mentalidade tão restrita em relação à diversidade cultural, racial, sexual e de tantas outras formas que o nosso mundo é formado. Este tipo de pessoa ainda está impregnado naqueles padrões de sociedade ideal que apenas uma parcela da população tem o direito de educação e tantos outros benefícios.
Mas o que não podemos é nos calar diante de tal atrocidade, ainda mais nós, como futuros pedagogos em pleno processo de formação, onde a sociedade ainda não corrompeu os nossos ideais, a nossa forma de pensar e ainda não esmagaram as nossas utopias.
É preciso sim que toda a população se revolte contra este tipo de atitude de uma pequena parcela da sociedade. Devemos nos unir e declarar em alto e bom tom que a nossa miscigenação é um orgulho para o Brasil, que os negros e os índios são membros indispensáveis para que o nosso país seja completo.
Que a nossa Educação não seja dada apenas dentro dos muros da escola, mas que seja espalhada, através dos alunos, a toda a população. Incentivamos o trabalho que esta escola vem fazendo, e depois de tal fato, acredito que seja ainda maior a determinação em trazer as nossas origens à tona na rotina escolar.
Para todos os educadores, fica a sugestão e o incentivo de se ter ainda mais rodas de conversas sobre a nossa história, cantigas e brincadeiras em que a memória de nossa história oficial não se perca com o passar dos anos.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

DICAS DE COMO ATRAIR ALUNOS PARA A EJA

Garantindo o acesso e colocando fim a evasão

1. ENCONTRAR QUEM PRECISA SER ALFABETIZADO

Nem sempre o tradicional cartaz tem eficiência, por isso ir atrás dos possíveis alunos é uma maneira de formar uma nova sala de aula, como diz Sonia Giubilei, coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação de Jovens e Adultos ( GEPEJA ) “...visitá-los, conhecer a realidade em que vivem e conversar é a melhor forma de chamá-los para estudar.”

 
Na população com 15 anos ou mais. Fonte PNAD 2008
Porcentagem de analfabetos por região* 




Faça um levantamento dos analfabetos das proximidades e vá ao seu encontro.

Dessa forma o índice de analfabetismo poderá diminuir no Brasil.






2. CRIAR HORÁRIOS DE AULAS PARA ATENDER TODOS OS PÚBLICOS

Como a EJA atende vários públicos é importante que aja disponibilidade de horários, facilitando assim o acesso aos estudos, tanto daqueles que trabalham, quanto daqueles que tem o dia livre, mas prefere estudar pela manhã ou tarde.
Conforme o público é necessário ter horários flexíveis para que não atrapalhe o dia-a-dia do aluno, estimulando assim a sua permanência em sala de aula.






No Brasil predomina o turno noturno, que contempla mais os trabalhadores.





3. INVESTIR EM FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

Para que exista uma boa qualidade de ensino na EJA é fundamental investir na formação dos professores, hoje, apenas 1,5% do currículo do ensino superior aborda o tema EJA na formação do professor.
Deve-se  investir na valorização desse profissional, para que ele sinta-se importante, passando a se dedicar mais e procurando uma pós-graduação, capacitando-se mais para dar uma aula cada vez melhor, Vera Masagão Ribeiro, coordenadora da ONG Ação Educativa, na capital paulista, diz “muitos professores encaram a EJA como uma forma de bico. É preciso resolver essas questões estruturais para o segmento se profissionalizar.”


4. COMBATER OS ALTOS ÍNDICES DE EVASÃO DA EJA

A escola deve permitir que o aluno concilie os estudos com o trabalho e os serviços domésticos, existem também os alunos que já estudaram e por algum motivo pararam, esses devem ter uma atenção especial.
Quando o aluno faltar o professor deve visitá-lo, ligar no dia seguinte e saber  o motivo, procurar uma forma do aluno não perder  o conteúdo dado em sala de aula para que ele não desanime e acabe desistindo dos estudos.

5, OFERECER MATERIAIS DIDÁTICOS ESPECÍFICOS PARA A EJA

Os materiais didáticos e a metodologia de ensino precisam tratar daquilo que interessa ao aluno e faz parte do seu universo.



6. AUMENTAR OS RECURSOS PARA EJA

O Governo Federal, Estadual e o Municipal devem se unir e investir financeiramente na EJA, proporcionando ambiente adequado, com móveis, cantina, horários, professores que irá atender as necessidades de jovens e adultos, incentivando dessa forma a permanência desse aluno em sala de aula.
Segundo Vera Masagão Ribeiro “ a EJA, no Brasil, ainda está à mercê dos horários de funcionamento das Escolas da Educação Básica. Não se oferecem vários turnos justamente porque os horários já estão tomados pelo ensino regular. Além disso, é comum os adultos estudarem em salas com temáticas e materiais infantis dispostos nas paredes.”

7. TRABALHAR A INCLUSÃO PARA JOVENS E ADULTOS

Os professores devem ser flexíveis e adaptarem o currículo para receber os alunos especiais, levando em conta sua capacidade de aprendizagem e procurando formas para o aluno recuperar o conteúdo que por acaso venha perder, já que algumas vezes precisam faltar por compromissos médicos.




Comentário do artigo DICAS DE COMO ATRAIR ALUNOS PARA O EJA - Garantindo o acesso e colocando fim a evasão

O acesso a escola está garantido por lei, é um direito do cidadão, mas infelizmente vemos que isso não é uma realidade dos brasileiros, onde infelizmente, muitos deles precisam deixar a escola ou nem tem acesso aos estudos, alguns deixam por motivos financeiros, outros não tem acesso, pois estão em locais de difícil acesso e outros motivos.
Anos depois, eles resolvem voltar aos estudos para poder melhorar sua condição de vida, ou mesmo pelo prazer de poder ler e escrever o seu próprio nome, aí começa uma nova luta, como manter-se firme na escola, com os novos desafios.
É fundamental que todos, professores, alunos e Governo se unam para buscar  melhores formas de alcançar esses jovens e adultos, para que os mesmos permaneçam na escola e não desistam diante das novas dificuldades, como distância, horário, materiais inadequados, professores sem capacitação profissional adequada.
Ainda há muito por fazer na Educação de Jovens e Adultos, muito se pode fazer, mas é necessário que o Governo realmente invista nesse grupo, para que possamos ter cidadãos conscientes de seu papel na sociedade.

por REGIANE DOURADO

Matéria: Ana Rita Martins, Revista Nova Escola, Setembro/2010, Ano XXV nº 235.

sábado, 22 de outubro de 2011

Vídeo: "O veneno está na mesa!!!"


Desde 2008 o Brasil é o maior produtor de agrotóxicos, tudo isso começou durante a 2ª Guerra Mundial, com a chamada Revolução Verde, onde se prometia mesa farta para todos, disseminando novas sementes e práticas agrícolas que permitiram um vasto aumento na produção agrícola em países menos desenvolvidos.
Mas ao longo dos anos o que se conquistou foi a perda da fertilidade do solo, perda dos mananciais, da biodiversidade, contaminação do ar, da água e mudanças climáticas.
Os agrônomos ao manipularem agrotóxicos  no plantio sofrem intoxicação, alguns já morreram como resultados desses venenos, outros encontram-se enfermos.
A ameaça é para todos, tanto para os que trabalham com esses alimentos na terra, como comerciantes e indo parar na mesa dos consumidores, e infelizmente, não há muito a fazer, pois lavando esses alimentos, as vezes, minimiza os riscos, mas não imuniza totalmente o consumidor.
O agricultor Jeferson Matias da Rosa de Boa Vista das Missões em Rio Grande do Sul diz “ hoje em dia a gente está comendo veneno, daqui até chegar na mesa de quem come”.
Como os produtos com agrotóxicos são produzidos em larga escala, eles são vendidos a um preço acessível, por isso, grande parte da população pode consumi-los, em outras palavras, esses produtos são baratos e os pobres que ganham pouco, podem ter acesso a esses alimentos, alimentos contaminados.
Ao contrário, a minoria da população brasileira, a camada dos ricos, podem e compram alimentos orgânicos , alimentos esses  que utilizam em todos os seus processos de produção, técnicas que respeitam o meio ambiente e visam a qualidade do alimento. Dessa forma, não são usados agrotóxicos nem qualquer outro tipo de produtos que possa vir a causar algum dano a saúde dos consumidores.
Existem também as carnes orgânicas, onde os animais são criados sem aplicação de antibióticos, hormônios e anabolizantes. Os benefícios estão em alimentos saudáveis e mais saborosos, respeitando assim o meio ambiente, evitando a contaminação do solo, água e vegetação, a produção usa sistema de responsabilidade social, principalmente na valorização da mão-de-obra.
Vimos que os benefícios são grandes, mas a grande desvantagem, é que esses produtos são produzidos em menos escala e os custos de produção também são maiores.
Na prática isso quer dizer que, somente os ricos, os abastados do nosso Brasil, uma pequena parcela, podem comprar esses alimentos, enfim, os pobres compram comidas contaminadas, os ricos comem comida saudável, não bastasse se vestir com roupas caras, carros luxuosos, casas enormes, empregados, tudo, do bom e do melhor, os pobres, além de sofrer diariamente, alimenta-se mau.
O pior é termos que ver o Governo indo a público falando com “orgulho” que o povo está comendo melhor, está comprando mais, está viajando mais, será?
Infelizmente vemos que esta questão é política, pois as empresas de agrotóxicos têm apoio do Governo através da isenção de impostos que é de 60% a 100%, os produtos orgânicos são mais caros por falta de financiamento do Governo e políticas públicas. Precisamos ter um Governo que olhe para o povo e lute pelo povo, e não  o engane com mesa farta, mas farta de produtos contaminados
Basta!!!
Comentário por REGIANE DOURADO
Com a colaboração de Fernanda Taketsuma e Karina Oliveira

Fontes:

Modelo da Escola Inclusiva



Acima temos o link com o modelo de uma escola ideal para crianças com algum tipo de deficiência, são várias adequações que a escola deve estar fazendo, desde as mais simples, como deixar um espaço maior entre as estantes na biblioteca, para que os cadeirantes tenham livre locomoção, até algumas mais complexas como, alarme de incêndio, pias suspensas e mapa de localização em braile. Essas melhorias devem ser feita para permitir o acesso de crianças a escola e a um ensino de qualidade, pois não adianta somente colocar a criança deficiente em uma sala de aula com crianças sem deficiência, é necessário garantir a essa criança um ensino e uma permanência  na escola com qualidade e ensino eficiente.
O Decreto 6571 de 17 setembro de 2008, artigo 1º:
A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na forma deste Decreto, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular.
Infelizmente podemos observar que o Atendimento Educacional Especializado (AEE) é perfeito no papel, mas o Governo tem falhado muito no que diz respeito ao apoio as escolas públicas para receber essas crianças com um ensino de qualidade e com pessoas capacitadas para recebê-las.
A estrutura física da escola é outra questão que ainda precisa ser muito melhorada, pois a grande maioria das escolas não estão preparadas para receber essas crianças, inclusive as faculdades.
 Não basta ter um decreto, mas sim o Governo realmente investir para realmente oferecer um atendimento para essas crianças. Há muito a ser feito nas estruturas físicas das escolas, com livros digitais, com professores nos contraturnos, mas é necessário investimento, tempo, querer, querer do poder público, querer dos professores, querer dos pais em matricular as crianças com deficiência em escola pública, quando todos quererem e se unirem o Atendimento Educacional Especializado vai acontecer e a escola que nos apresentamos não será uma utopia, mas sim uma realidade, pois são reformas no prédio que são possíveis de serem feitas e são necessárias, pois as crianças tem esse direito, como nos diz a Constituição Brasileira no   Capítulo II dos direitos sociais, Artigo 7º “ XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas”.
Então, é preciso que o Governo cumpra o seu papel com os cidadãos que estão na fase escolar e que tem algum tipo de deficiência, preparando a estrutura física das escolas públicas para recebê-los com qualidade e eficiência.
Comentário de REGIANE DOURADO

"Black or White" - Michael Jackson




Michael Jackson escreve essa letra como uma forma de protesto, diante de tanta especulação em relação a cor da sua pele.
Como é todos sabem, Michael era negro, mas devido a doença vitiligo, sua pele começa a clarear.
Michael deixa claro que não importa a cor da sua pele, preto ou branco, mas sim, a pessoa que você é,  ele está falando de igualdade racial.
Infelizmente, vemos que essa é uma luta constante, os negros lutando por igualdade. Ao longo da história vemos o sofrimento dos negros, escravidão, salário abaixo dos brancos, empregos inferiores, até nos papeis de novelas eles são colocados, em sua maioria, como empregados. Somente em 2009 a teledramartugia brasileira teve como protagonista uma atriz negra, interpretada por Taís Araújo, na novela Viver a Vida. Mas isso aconteceu não pelo fato de a atriz ser negra, mas por ter traços brancos: finos e suaves que são considerados os ideais da sociedade, isso se dá pelo processo de branqueamento, ou seja, essa pessoa vai se embranquecendo diante da sociedade e perdendo sua identidade negra querendo ser como ou igual a beleza considerada perfeita pela sociedade.
Mas não é somente os negros que sofrem por causa da cor de sua pele, o que diremos de Hitler, que durante a 2ª Guerra Mundial, matou 6 milhões de judeus, em nome de uma crença, na raça ariana?
Como disse o rei do pop, não importa a sua cor, branco, preto, amarelo, importa sim o seu caráter, é isso que deve ser levado em consideração.

Comentário por REGIANE DOURADO
Colaboração de Fernanda Taketsuma e Karina Oliveira


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Levando as crianças a conscientização através da leitura

NA MINHA ESCOLA TODO MUNDO É IGUAL
Versos e rimas descrevem uma escola onde todos são iguais mesmo sendo diferentes. “Lá na minha escola/ninguém é diferente/cada um tem seu jeito/o que importa é ir pra frente”

Rossana Ramos, 20 págs., Ed. Cortez
Fonte: encantamentosdaliteratura.blogspot.com



 

TRAMAS DA COR: ENFRENTANDO O PRECONCEITO NO DIA-A-DIA ESCOLAR

Jéssica, 10 anos, é negra e enfrenta preconceito racial na escola. Nem a professora considera ofensivas as brincadeiras dos colegas. Mas um dia ela reage.
Rachel de Oliveira, 112 págs., Ed. Selo Negro.
Fonte:
http://www.livrariaresposta.com.br/v2/produto.php?id=200586




FLICTS
O autor trata o tema da diversidade com muito colorido. Literalmente. No lugar de crianças, ele conta a história de Flicts, uma cor rara e triste, que se sente excluída, feia e aflita por não existir no mundo nada que seja como ela. Um dia resolve sumir, e o destino de Flicts é uma singela surpresa.

Fonte:
http://www.parceria6.com.br/eventos/bienal_rio_2009/ed_melhoramentos/ziraldo_flicts.jpg



NINGUÉM É IGUAL A NINGUÉM 

O livro “Ninguém é Igual a Ninguém”, de Regina Otero e Regina Rennó, favorece a discussão sobre a identidade e as diferenças pessoais. O texto se divide em duas partes.
Na primeira, o personagem Danilo narra as características físicas dos amigos da rua onde mora. Ele conta sobre o gorducho, a negra, o ruivo e como cada um reage quando atingido em sua fragilidade. Em suas reflexões, Danilo percebe que ninguém é igual a ninguém e que cada um tem qualidades a serem aproveitadas.
Na segunda parte, há um diálogo entre o personagem Tim e o leitor. Esse personagem mobiliza o leitor a pensar sobre si mesmo, lançando questões reflexivas sobre a identidade da criança e seus sentimentos. Desse modo, o livro possibilita à criança desenvolver sua relação intrapessoal e interpessoal. Na relação intrapessoal, ela pode pensar como identifica seu corpo, seus sentimentos e suas possibilidades. Na relação interpessoal, pode tomar consciência do seu olhar sobre o outro e como interage com as diferenças.
O professor pode explorar a leitura e diferentes formas de expressão. Como parte do trabalho, é importante socializar as produções dos alunos, por exemplo, montando painéis, publicando pequenos livros, apresentando dramatizações. O texto permite também desenvolver o tema transversal Ética, enfocando o respeito por si e pelo outro.

OTERO, Regina & RENNÓ, Regina. Ninguém é Igual a Ninguém. São Paulo: Editora do Brasil, 2000.
Fonte:
http://saltoparaofuturoxxe.blogspot.com/2008/09/ningum-igual-ningum-o-ldico-no.html




MEU AMIGO DOWN

A coleção Meu amigo Down tem por objetivo levar às salas de aula e aos lares brasileiros a discussão em torno das diferenças individuais. As três histórias, Meu amigo Down em casa, Meu amigo Down na rua e Meu amigo Down na escola são narradas por um menino que não entende bem por que seu amigo com síndrome de Down enfrenta situações tão a vida e na sociedade. E até em família.

Autor : Werneck, Claudia
Editora : WVA

Fonte:
http://www.rioinclui.org.br/noticia.php?p=Colecao-Meu-Amigo-Down





Como educadores temos um papel importante na vida de nossas crianças, não somente o de ensiná-las a ler e escrever, mas de formamos cidadãos que respeite o próximo em toda e qualquer situação. Por isso é importante levá-las a leitura de livros que vão mostrar a importância de aceitar o diferente, o negro, o deficiente , enfim, respeitar os amigos não somente da escola, mas o de casa, o da rua que é diferente, pois afinal, “ninguém é igual a ninguém”.
Boa Leitura!!!


Comentário de Regiane Dourado, com a contribuição de Fernanda Carolina Taketsuma de Souza.
DICAS DE COMO EVITAR A EVASÃO NA EJA

7 ações para combater a evasão na EJA
Conheça a seguir algumas medidas que ajudam a diminuir as faltas e a evasão de jovens e adultos
1. Uso de variadas linguagens

O que é
Incorporar atividades relacionadas à arte e à cultura.


Por que dá resultado
Utilizar linguagens alternativas, como a música, o cordel e o teatro, facilita o aprendizado, principalmente de estudantes mais velhos, que geralmente têm mais proximidade com a cultura popular.


2.  Reorganização do tempo
O que é
Elaborar um cronograma de aulas ajustado à disponibilidade dos alunos.


Por que dá resultado
Organizar os dias e horários das disciplinas segundo as necessidades da turma garante o atendimento contínuo e a reposição de aulas. 
3. Currículo contextualizado
O que é
Construir um currículo que dê mais significado à aprendizagem.


Por que dá resultado
Associar temas do cotidiano às disciplinas faz com que os alunos entendam o assunto com mais facilidade.
4. Articulação com empresas

O que é
Entrar em contato com empresários do setor público e privado para estabelecer parcerias com a finalidade de facilitar o acesso dos alunos à escola e evitar atrasos.


Por que dá resultado
Melhorar o transporte público nos bairros escolares ou estimular os funcionários a estudar, flexibilizando o horário de trabalho, são bons exemplos de parcerias que podem ser sugeridas aos empresários.


5. Atendimento aos filhos

O que é
Criar uma infrasestrutura para receber os filhos dos alunos.


Por que dá resultado
Para os alunos que não têm com quem deixar os filhos, levá-los à escola enquanto estudam pode ser determinante para que não faltem às aulas.


6. Atendimento individual
O que é
Oferecer um plano de estudos personalizado segundo as possibilidades de cada aluno.


Por que dá resultado
Planejar aulas de forma individualizada permite que cada adulto estude de acordo com seu ritmo e com o tempo disponível.
7. Acolhimento e merenda
O que é
Oferecer refeição aos alunos e incentivá-los a estudar.


Por que dá resultado
Os estudantes que vão diretamente do trabalho para a escola não ficam com fome e podem se concentrar mais nas aulas.


Comentário da matéria 

O artigo de Marcelo Andrade traz algumas idéias bem interessantes para evitarmos a evasão dos alunos da EJA, mas infelizmente nem todos eles são realidade no nosso Brasil, alguns dos pontos depende única e exclusivamente da boa vontade dos professores, do seu interesse de estar em sala de aula, é realmente fazer a diferença na vida desses jovens e adultos, não vendo sua função como um simples quebra galho, levando então de qualquer forma o seu tempo com os alunos.
É importante que os professores que estejam em sala de aula, sejam capacitados para desenvolver tal função e se esmerem no que fazem.
Agora existe outra parte nessa luta a do Governo, é aí que a situação fica pior, pois infelizmente, não vemos muito esforços do Governo Federal, Estadual ou Municipal em aprimorar o ensino na EJA, pois para que exista, como Marcelo Andrade nos indica, “articulação com as empresas”, “atendimento aos filhos” e “merenda”, o Governo precisa investir financeiramente, pois quem vai olhar os filhos dos alunos enquanto eles estão em aula? A merenda será feito por quem e com quais recursos? A empresa será que está disposta a liberar seu funcionário mais cedo para que ele possa estudar? Difícil, principalmente porque vivemos em um mundo capitalista, onde o que se visa é somente o lucro, o Governo não tem a intenção que todos tenham o estudo, pois assim, pode manter alienados homens e mulheres, excluídos da sociedade, que servem somente como mais um na produção, mantendo assim, os corpos alienados, presos ao sistema.

por  REGIANE DOURADO


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Capítulos do livro: "O espaço cidadão"

blogdabiana2.blogspot.com
Textos: Há cidadãos nesta país - p. 07 / Do indivíduo ao cidadão - p. 77 | Livro: O espaço do cidadão, Milton Santos - Editora Nobel, 5ª edição.


Recomendamos a leitura os textos mencionados pois neles podemos notar que a cidadania é de fato um direito de todos desde o nascimento, mas será que todos exercem este direito? Podemos afirmar que não. Grande parcela de nossa sociedade acomodou-se com o que a propaganda e a mídia dizem que é bom, ou que é o melhor. Poucos são aqueles que conseguem olhar com um caráter crítico para o que estes meios nos impõem, e estes poucos que conseguem são os que muitas vezes exercem a sua cidadania, pois passam a ser homens solidários, como nos relata Milton Santos.
Temos em nossa história várias formas de reivindicações e lutas pelo direito à cidadania, mas a maioria delas aconteceram no século passado, onde o indivíduo lutava por liberdade e pela tão almejada cidadania, mas percebemos que ao passar dos anos este tipo de luta foi desaparecendo em meio a uma sociedade capitalista que tem como principal objetivo tornar os cidadãos apenas consumidores, e quando um destes cidadãos deseja reivindicar seus direitos, não exerce um papel de cidadania, mas de um consumidor insatisfeito, já que a cidadania acontece no coletivo, quando você se preocupa com toda a sociedade a sua volta.

A pequena parcela da sociedade que consegue fugir deste capitalismo, consegue perceber realmente a diferença entre individualismo e individualidade, já que não consegue mais ser uma pessoa individualista, que deseja prevalecer sobre o coletivo, mas que se preocupa com as suas particularidades e com a de cada um a sua volta.

Nos dias atuais não é uma tarefa fácil exercer esta cidadania, mas é preciso desvincular-se do que os meios midiáticos nos empregam e olhar com criticidade e atenção os fatos que ocorrem em nossa sociedade, sem ser influenciado por qualquer tipo de informação capitalista.



 Por: Karina Oliveira Santos com a colaboração de Fernanda Carolina e Regiane Dourado.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Comentário do Documentário Encontro com Milton Santos ou: O mundo global visto do lado de cá.



TENDLER, Silvio. Encontro com Milton Santos 8\10. (Milton Santos ou: O mundo global visto do lado de cá) Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=oF4RBbsncUY&feature=related Acesso em: Agosto de 2011.

 
        Esse documentário é importantíssimo para nossa formação docente e não somente para ela, mas para todos que se incomodam com essa situação deplorável em que pessoas que não tem o poder sofrem com a globalização, pois demonstra os males que ela causa, como nos é imposta e as lutas que aos poucos vão ganhando força, resistindo como podem ao globalitarismo que só trouxe mais fome, desemprego, baixo-salário, exploração da mão de obra e a perca de qualidade de vida da classe média de uma forma perversa.
       Postamos uma pequena parte do documentário que achamos pertinente, pois nos traz questões importantes que nos fazem pensar e questionar o que de fato queremos se é continuar como estamos ou mudar essa realidade que nos aprisiona, que rouba nossos direitos básicos, excluindo milhares de pessoas que vivem em condições precárias e que nunca são ouvidas quando questionam seus direitos que são desrespeitados.
     Convidamos a todas e todos que assistam esse documentário do começo ao fim e não somente essa pequena parte, pois ao assisti-lo esperamos que sejam impactados com a globalização apresentada  enxergando coisas que antes não era possível e que sejam movidos a lutar pela mudança que caminha a passos lentos mas que juntos podemos transformar a humanidade.
       Portanto não devemos nunca desistir de construir um mundo onde a exclusão seja ela de que forma for seja extinta e substitui-la pelo respeito pelas pessoas, seus direitos e suas diferenças, pois é a partir do outro que nos constituímos como seres humanos.

   Fernanda Carolina Taketsuma de Souza com a participação de Karina Oliveira e Regiane Dourado.